O ser cidade grande sem ter estrutura.
Uma rápida pesquisada nessa manhã de sábado, 23 de setembro de 2023, no site www.aguaesaneamento.org.br, consegue dá uma dimensão de quão medíocre se tornou a vida humana dos pobres habitantes de Feira de Santana. Essa mediocridade advém de uma variavel ainda maior em impacto, a incapacidade dos líderes políticos dessa terra, em pensarem uma cidade inclusiva e menos cara em sua administração. Entrar um mísero real nos cofres públicos municipais, é um parto com elevado grau de dificuldade, pois ninguém que entre na Secretaria da Fazenda vive com a boca aberta esperando a grana entrar, receita própria municipal é coisa de doido. Ninguém quer pagar IPTU sobre imóveis de renda, quase ninguém pede nota de serviço para pensar em cidadania e aumentar a arrecadação do ISS. Mas não faltam pessoas que desejem meter a mão e gastar desmesuradamente o que é de todos. Foi esse sentimento que me tomou ao ler e interpretar os dados do site. Partindo de uma população de 624.107 habitantes, Feira de Santana tem 91,73% dessa galera residindo na área urbana, talvez aí esteja a explicação do prefeito ''de que não existe mais área rural". Mas, vale salientar que são 51.614 pessoas residindo sim, na zona rural e elas não podem e não devem ser invisíveis aos olhos do orçamento público, afinal elas se deslocam por estradas e estudam em escolas que são da responsabilidade do poder público. Elas demandam serviços públicos de transporte e saúde. Tem necessidades, e precisam serem atendidas.
Em Feira de Santana , 10,12% da população vive sem água, sim, eu também fiquei assustado como em pleno século XXI, tem tanta gente sem acesso a água na segunda maior cidade baiana. Este equivale a quase o dobro da população de Amelia Rodrigues. Gente humilde, que tem seu direito a abrir uma torneira e lavar um prato com agua potavel, por exemplo. Essa cidade que deseja gastar milhões na construção de um elefante chamado Centro de Convenções, uma cidade que entrega patrimônio público e milhões de reais para um forasteiro asfixiar de morte por falta de vendas, em um tal de Shopping Popular. Se você coloca seu lixo na porta de sua casa, e espera aquele caminhão barulhento pegar seus sacos de lixo (aliás o único barulho urbano gostoso de ouvir), vocês sabem que aquela rua ficará limpa, mas vocês não sabem que 8,27% da população feirense não tem acesso a coleta de lixo, são excluídas socialmente da retirada diária, são mais de 50 mil pessoas, praticamente uma população do tamanho de Santo Estevão. Se você se assustou até aqui, fique sabendo que 44,63% da população de feirense não tem acesso à rede de esgoto. Talvez você pergunte, o que você tem com isso? Afinal de contas, você paga e usa a rede, e este problema não te afeta. Para que se tenha uma ideia, mesmo quem tem esgoto possui problemas, pois 35,7% do sistema de esgoto não recebe tratamento adequado , piorando as condições ambientais.
A falta de esgotamento sanitário pode apresentar diversos riscos para a saúde pública e o meio ambiente. O despejo inadequado de esgoto pode contaminar fontes de água potável, rios e oceanos, tornando a água imprópria para consumo humano e prejudicando ecossistemas aquáticos. O esgoto não tratado contém patógenos, como bactérias, vírus e parasitas, que podem causar doenças transmitidas pela água, como cólera, hepatite A, diarreia e outras infecções gastrointestinais. O esgoto não tratado pode infiltrar no solo, poluindo aquíferos subterrâneos e afetando a qualidade do solo, tornando-o inadequado para agricultura e outros usos. A poluição da água afeta os ecossistemas aquáticos e a vida selvagem que depende deles. A morte de peixes e a degradação de habitats aquáticos são consequências comuns ( vide Rio Jacuipe morrendo aos poucos). Esgoto a céu aberto ou em áreas inadequadas pode causar odores desagradáveis e afetar negativamente a qualidade de vida das comunidades locais. A falta de saneamento básico, pode resultar em altos custos de tratamento médico devido a doenças relacionadas à água e na perda de produtividade devido a doenças. A falta de esgotamento sanitário pode prejudicar a imagem de uma região, afetando o turismo e investimentos. Feira de Santana ainda falta muito caminho para prosperidade, a cidade precisa pensar seu futuro.
Portanto, é crucial investir em sistemas adequados de esgotamento sanitário para evitar esses riscos e promover a saúde pública e a proteção ambiental.
O tratamento inadequado do esgotamento sanitário também apresenta uma série de riscos significativos para a saúde pública e o meio ambiente. Se o esgoto não for tratado de maneira adequada, substâncias nocivas, como bactérias, vírus, produtos químicos e nutrientes, podem ser liberadas na água, poluindo rios, lagos e oceanos. Isso pode tornar a água imprópria para consumo humano e prejudicar os ecossistemas aquáticos. O tratamento inadequado do esgoto não remove eficazmente patógenos, o que pode resultar na propagação de doenças transmitidas pela água, como cólera, hepatite A, diarreia e infecções gastrointestinais.O esgoto inadequadamente tratado pode conter sólidos suspensos, que podem se acumular em corpos d'água, causando obstruções e prejudicando a vida aquática. O uso de lodo de esgoto não tratado ou inadequadamente tratado como fertilizante agrícola pode contaminar o solo com patógenos e produtos químicos tóxicos, comprometendo a qualidade do solo e a segurança alimentar. Processos inadequados de tratamento de esgoto podem liberar gases de efeito estufa, como metano, que contribuem para as mudanças. A exposição de trabalhadores de estações de tratamento de esgoto a materiais não tratados ou inadequadamente tratados pode representar riscos à saúde ocupacional. Tratar o esgoto de maneira inadequada resulta em desperdício de recursos hídricos e energéticos, uma vez que o esgoto pode ser uma fonte valiosa de água reutilizável e energia.
A ausência de um saneamento adequado está relacionada a
uma maior proliferação de doenças. A destinação inadequada do lixo e a falta de
tratamento de água e do esgoto aumentam o contato da população com inúmeros
patógenos perigosos.
As doenças com maiores incidências devido à exposição a
ambientes sem saneamento são leptospirose, disenteria bacteriana,
esquistossomose, febre tifoide, cólera e parasitoides. A falta de tratamento de
lixo e esgotamento sanitário também pode agravar surtos de epidemias como dengue,
chikungunya e zika.
Para mitigar esses riscos, é fundamental investir em sistemas de tratamento de esgoto eficazes e adotar práticas de gestão ambiental responsáveis. O tratamento adequado do esgoto desempenha um papel crucial na proteção da saúde pública e da sustentabilidade ambiental.
Política Pública eficaz é aquela que melhora a vida das pessoas. Se observa surtos de doenças como as mencionadas acima, no município de Feira de Santana, comprimindo os gastos com saúde e, não resta dúvida que a falta de tratamento adequado do esgoto gerado, tensiona e contribui para congestionar as unidades de pronto atendimento da saúde.
Os sistemas de saúde podem ser sobrecarregados por doenças decorrentes da falta de tratamento adequado do esgoto de várias. Quando o esgoto não é tratado adequadamente, os patógenos presentes nele podem contaminar fontes de água potável. Isso leva a um aumento nas doenças transmitidas pela água, como cólera, diarreia, febre tifoide, hepatite A e outras infecções gastrointestinais. O grande número de casos pode sobrecarregar os serviços de saúde com a demanda por tratamento médico, como tem acontecido diuturnamente nas unnidades de saude instaladas no municipio. O que fazem os gestores? discutem regulação de pacientes, aumento de leitos, tudo remedio em cima da consequencia, quando deveriam investir em cuidados para melhorar e combater o qu ecausa tantas doenças. è o triste caso de quem tenta conter o vazamento enxugando o chão em vez de simplesmente fechar a torneira, mas infelizmente, fechar a torneira nao dá muito voto. talvez por isso, as obras da Lagoa Grande demoram tanto em serem concluídas.
Em áreas onde o saneamento é precário, surtos de doenças podem ocorrer rapidamente, afetando muitas pessoas em um curto período de tempo. O tratamento de um grande número de pacientes doentes pode sobrecarregar hospitais e clínicas, deixando menos recursos disponíveis para outras condições médicas. As doenças relacionadas à falta de saneamento básico exigem tratamento médico, hospitalizações e medicamentos. Isso pode aumentar significativamente os custos de assistência médica, tanto para indivíduos quanto para o sistema de saúde como um todo. Quando as pessoas adoecem devido a doenças transmitidas pelo esgoto, elas podem perder dias de trabalho ou escola. Isso afeta a produtividade econômica e o desenvolvimento social das comunidades.
O aumento da demanda por serviços de saúde devido a doenças relacionadas à falta de saneamento coloca pressão adicional sobre a infraestrutura de saúde existente, levando à escassez de recursos, leitos hospitalares e pessoal médico. Além dos custos imediatos, doenças decorrentes da falta de saneamento podem causar problemas de saúde crônicos, levando a uma carga persistente sobre o sistema de saúde ao longo do tempo.
Para evitar o colapso dos sistemas de saúde devido a doenças relacionadas à falta de tratamento de esgoto, é crucial investir em saneamento básico adequado, promover a conscientização sobre higiene e prevenção de doenças, e fornecer acesso a água potável segura. Isso não apenas reduzirá a incidência dessas doenças, mas também aliviará a pressão sobre os sistemas de saúde.
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