O Planserv que você deseja está onde?
|
|
O Planserv que você deseja está onde?
Os servidores públicos do estado da Bahia, contam com um
sistema de assistência à saúde a décadas. Entretanto desde o ano de 2001 que
ele vem sendo gerido de forma direta pelo governo estadual. Na verdade, ele foi
repaginado pela lei nº 9.528, de 22 de junho de 2005, regulamentada pelo
Decreto nº 9.552, de 21 de setembro de 2005. Com a reorganização, foi criado o
Conselho de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Conserv),
entretanto desde então, o serviço vem sofrendo com desgastes que tem como consequência
o adoecimento de boa parte de seus beneficiários, cerca de 485.000 vidas.
Nos últimos meses, o serviço foi evidentemente sucateado,
sem, no entanto, nem governo e nem prestadores até aqui não apresentarem uma justificativa
plausível, para tanta falta de atendimento em emergência, consultadas negadas e
uma tal de uma cota que quase nunca tem vaga, parecendo mais fácil ganhar a
dupla sena de pascoa. É um tal de ligue tal dia que a lista vai abrir e se você
ligar uma depois na data marcada não encontra a consulta. Já se ouve falar de
pessoas que dormem na clinica para acessar o direito da vaga. Este cenário
fantasmagórico remete às filas de atendimento do SUS. Mas que Planserv é este?
O que se houve aqui e ali é que os gastos aumentaram e a receita não está sendo
suficiente para cobrir as despesas cada vez mais crescentes.
O governo estadual, bem como as prefeituras precisam entender
que a terceirização dos serviços públicos não deu certo, apenas tem enriquecido
empresários ligados a políticos e deixando um rastro de destruição na Previdência
e no caso do Planserv tem deixado um bando de idosas e idosos adoecidos e sem
ter novas entradas no sistema, gente mais jovem não tem acessado o Planserv,
segredinho básico de qualquer plano de saúde, mais jovem pagam e pouco usam o
serviço de saúde. Este é o primeiro fato. Depois a coisa começa a ficar pior,
pois oito anos sem reajuste salarial, deixou não somente o orçamento doméstico
estraçalhado, mas também derrubou a receita bruta do Planserv. Em recente
reunião do FAD (Fórum das seções sindicais docentes de ensino superior), a superintendia
do Planserv falou que os beneficiários de ate oito anos tem um gasto per capita
de R$125,00. A mensalidade desta faixa é de R$75,00. Segundo eles a conta não
fecha, o que concordamos, mas que não queiram jogar nas costas do servidor esta
culpa, pois R$ 75,00 do beneficiário equivalem a 79% da arrecadação sendo o
restante a ser coberto pelo governo. Isto se chega a um valor de R$ 95,00. Se
acrescente a este valor a perda salarial de 55% de perdas salarias dos últimos
8 anos equivaleriam a uma receita de R$ 142,50. Onde se teria uma sobra
considerável de recursos que ajudaria a contribuir com as despesas dos
beneficiários mais idosos. Na faixa dos adultos se tem como maior contribuição
o valor de R$ 721,00. Este valor está sem percentual de risco e de lucro, pois
o Planserv praticamente não tem inadimplência e não visa o lucro, onde somente
por aí se equivale em termo de mensalidade a um plano privado. Ou seja, ninguém
está pedindo nada de favor, mas a obrigação de um governo que além de arrochar
salário e provocar perda de receita cobra caro e não entrega em troca um
serviço de qualidade.
Varias vezes ouvi de alunas e alunos que trabalhavam em
unidades privadas de saúde que o Planserv era o melhor plano, a melhor parceria
com clinicas e hospitais e, infelizmente na atualidade o plano está sendo renegado.
Em 2024 o Planserv teve um total de R$ 2.217.586, sendo as
receitas foram de R$2.005.349, sendo que foram pagos R$ 148.100 de Despesas de
Exercícios Anteriores, enfim o arrocho salarial mandando a conta. se a receita
fosse corrigida pelo percentual de perda salarial seria de cerca de
R$3.000.000. Este valor traria a dignidade do beneficiário do Planserv de volta
e é este Planserv que queremos de volta.
Comentários
Postar um comentário