Por menos grelina e mais PYY

 

Por menos grelina e mais PYY

Talvez voce leitora (or), tenha estranhado o título deste artigo e ainda nem sabe do que se tratar aqui, afinal de contas grelina e PYY são dois termos técnicos que se pretende explicar nos próximos parágrafos.

A fome surge no organismo humano quando o organismo vazio libera a grelina, um hormônio que atua no cérebro fazendo com que a sensação de fome seja ativada. Por outro lado, ao nos alimentarmos, o organismo produz o hormônio PYY, que nos entrega via cérebro, a sensação de saciedade.

A falta de uma alimentação rica em calorias provoca a insegurança alimentar e neste contexto foi criada a PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e, as crianças matriculadas começaram a driblar a criação de grelina em seus cérebros, ajudando em muito o desenvolvimento das habilidades educacionais.

Dessa forma, a merenda atua como ferramenta importante dentro da escola, garantindo os nutrientes necessários ao período letivo. O entendimento do tamanho da importância da alimentação escolar é essencial para se compreender, como suprir as carências nutricionais dos estudantes, mas um outro detalhe se impôs nas escolas públicas brasileiras, principalmente aquelas localizadas em bairros mais pobres. Tudo começou quando os gestores escolares observaram que algumas crianças pegam mais alimentos que o necessário e levam pra casa. Vivendo uma dicotomia entre o legal e o imoral, diretores e diretoras começaram a permitir e até doar alimentos para que pudessem matar a fome dos pais e familiares dos estudantes. Em algumas escolas se formam redes de apoio entre professores, merendeiras, coordenadores que detectam os casos mais graves de insegurança alimentar nas famílias dos estudantes e traçam estratégias de auxilio.

A pandemia da covid impôs a entrega de cestas básicas e auxílios financeiros às famílias pobres e em isolamento social e estudantes com escolas fechadas, daí que um dos objetivos de a partir de 2023 de combater a fome, será organizar para além da merenda, a entrega de cestas básicas para a família dos estudantes matriculados nas escolas. Poderiam ser alunos com frequência regular, mas uma das causas da evasão escolar é justamente a insegurança alimentar e se pode muito bem condicionar a entrega das cestas de alimentos à frequência regular nas aulas a partir da implementação do programa. Isto decerto iria corrigir a atitude humanitária, porem ilegal, de educadores que burlam a regra atual e assim prover de alimentos famílias em estado de insegurança alimentar.

Para uma melhor atuação seria importante melhorar a logística , controle e qualidade  dos alimentos a serem manuseados, como controle da temperatura, armazenamento, higienização, controle de pragas, e controle rigoroso de estoques.

A fome é mais forte em famílias com filhos e assim o governo estaria atuando de forma vigorosa para mais uma vez eliminar a fome no Brasil.

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