Feira de Santana, procuram - se lideranças

 A implantação da maior montadora de veículos elétricos e híbridos na Bahia é motivo de alegria para o processo de reindustrialização nacional . Se a planta chinesa der certo, com certeza outros investimentos deverão ser aquecidos. Qual a relação deste parágrafo inicial com o título do artigo ? Simples, ao caminhar da humanidade baiana, nada irá mudar e tudo será como antes. Viveremos a ostentar o título de grande entroncamento rodoviário, mas ausente do entroncamento aeroviário, pois continuamos sem um aeroporto digno do porte da cidade. 

Até o momento que digitamos este texto, as duas maiores lideranças políticas da cidade estão visitando e fazendo selfies com correligionários, e nenhuma posição sobre o papel da Princesa do Sertão neste novo momento industrial. Afinal de contas, até o jacaré da Lagoa Grande sabe que uma montadora automobilística demanda fornecimento de peças e acessórios, e pasmem(contém ironia), uma fábrica se instala para  ser definitiva até que a viabilidade determine o encerramento do seu ciclo. Com certeza uma mobilidade política para atrair fábricas de peças seria de bom alvitre, bem como o treinamento e capacitação de mão de obra. Até então, prevalecem as selfies. 

Para não dizer que não falei das flores, as lideranças empresariais continuam se preocupando em defender atitude escravista de abrir comércio durante os dias de carnaval, optam em se fazer de mudos, e até o momento preferem curtir suas lanchas, que nem pagam IPVA, na Baía de Todos os Santos, em detrimento de  lutar por mais empregos na cidade. O aeroporto,  fizeram um barulho inicial e pimba, silenciaram sobre a verdade da disputa do Terminal em relação a Salvador. Afinal de contas a iminente perda de embarque de passageiros, bem como a movimentação de cargas, afeta seriamente a rentabilidade do aeroporto soteropolitano. Mas aqui se prefere exigir da classe trabalhadora que preste serviço onde não tem demanda suficiente. Nem os lojistas atenderam, haja visto a quantidade de lojas fechadas no período carnavalesco. Mas, voltando a fábrica da BYD, ela vai demandar equipamentos, peças, enfim componentes e, teremos uma guerra com a região metropolitana de Salvador, guerra que já estamos atrás, e nem vale o discurso que somente agora que a BYD, bateu o martelo. Existe uma coisa chamada planejamento e tudo precisa se encaixar, por exemplo, uma apresentação aos empresários do setor sobre os benefícios ofertados pela localização da cidade feirense em ternos de vantagens macro e micro locacionais. Por enquanto, apenas selfies e almoços entre lideranças políticas e empresariais com vistas a eleição municipal de 2024.

Na verdade, essa cidade precisa que suas lideranças deixem de ser Correia de transmissão dos interesses da capital Salvador e passe a exigir um tratamento de grande cidade, que Feira de Santana tem por direito.

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