A Cidade Industrial de Feira de Santana
Não existe vida melhor para habitantes de uma cidade sem um excesso industrial. Praticamente quase todas que viram uma melhoria na qualidade vida de seus moradores, experimentaram uma alta concentração manufatureira. Feira de Santana possui hoje uma das mais baixas rendas per capitã do estado baiano, em que pese estarmos os três maiores PIBs, ou seja, estamos produzindo uma cidade cada vez mais desigual. A verdade que paramos no tempo e o prédio do CIFS na avenida Noide Cerqueira, com toda sua luxuosidade, mostra o retrato do descaso com o futuro dessa cidade, afinal de contas nos faltam estratégias agressivas que coloque o município na rota do crescimento e ocupe seu lugar de destaque nacional, e porque não dizer, mundial. Feira de Santana exige uma reestruturação produtiva, afinal nossa era de ouro se esvaiu em concomitante aos incentivos fiscais da SUDENE. A situação estrutural do Centro Industrial do Subaé é por demais preocupante, pois um dos principais pilares de sustentação está por demais debilitado, falo da pavimentação asfáltica das ruas do distrito industrial, quem vai querer implantar aqui indústria se nem vias acessíveis para escoamento da produção o município oferece? O caótico sistema de transporte público é outro ponto que deixa a desejar, isso sem contar com a precariedade da oferta de internet, sendo que em alguns locais do CIS, isso nem existe.
Precisa a cidade que os abraços do prefeito e do governador, não fiquem restritos ao camarote do micareta, mas avancem para tirar esta cidade do ostracismo industrial, que se capacite o CIS para receber empresas de alta e média tecnologia que possam ofertar empregos de qualidade que faça a vida melhorar na classe trabalhadora. Temos aqui hoje 90% dos empregos de baixa qualidade com ênfase no setor informal e o setor de serviços se apresenta com empresas de call centers e sua precarização do trabalho. Pequenas lojas de bairro poderão sobreviver se os seus clientes tiverem renda para pagar por seus produtos, quer seja uma camisa ou uma capinha de celular. Estes microempreendedores em algum momento serão atingidos pela falta de grana dos consumidores. Basta lembrar que o Brasil saiu da posição 26 como economia mais complexa do mundo, para a posição 60, atrás de “potências” tais como Quirsgistao e da Macedônia. O pulo do gato seria uma coalizão desenvolvimentista entre as diversas esferas do poder público e empresarial, mas isto num horizonte de curto prazo me parece cada vez mais distantes, quero estar errado.
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